terça-feira, 13 de setembro de 2011

A batalha foi ganha, não a guerra.



Por Tadeu Henrique





A milícia estudantil da UPE campus Petrolina continua na ofensiva contra toda podridão administrativa do Estado de Pernambuco. Semana passada foram feitas mais mobilizações. No desfile de 7 de setembro, os alunos aproveitaram o ensejo para denunciar o desprezo do governador Eduardo Campos em relação ao ensino superior. No dia 9, fechando o calendário de protestos desse mês, discentes e professores fizeram uma caminhada com faixas e carro de som pela avenida São Francisco.
Ontem, dia 12 , às 19:00 horas fora realizada a III Assembleia Geral Estudantil no Auditório da UPE.  Sentimentos de gratidão, insegurança e inconformismo pairavam naqueles discursos menos enérgicos, mas ainda decididos a mudarem à longo prazo o estado putredinoso da UPE.Por contraste visual, a proposta de permanecer em estado de greve e continuar com um calendário de ações fora aprovado. E como o reitor Carlos Callado homologou o convite de docentes temporários que já assinaram contrato nessa última quinta-feira, as aulas voltam ao "normal" a partir de hoje (13/09). Apesar dessa homologação e algumas promessas da reitoria, os militantes não baixaram a guarda e continuarão na luta por professores efetivos, melhor infra-estrutura, acervo bibliotecário e papel higiênico, diga-se de passagem. Aliás, papel higiênico não falta para um homem do lastro político de Eduardo Campos, pois um homem como ele precisa de muito papel para higienizar as "cagadas" que faz na administração pública de Pernambuco. A carapaça também serve para a gestão da unidade de Petrolina que parece ser conivente com tal imoralidade.
O governador que se prepare, pois esses alunos estão dispostos a ir até Brasília, se possível, para ver mudanças. Não são vermes que se rastejam para implorar favores, pelo contrário, são soldados munidos de coragem, conhecimento e sede de justiça. E estão cansados de serem tratados como a escória da sociedade, de não receberem uma qualificação profissional digna e , pior, sentirem vergonha de estudarem nessa instituição. Agora reverbera-se o grito de Zapata: ya basta!
Diante desse esmero estudantil, resta parabenizar todos os alunos da UPE campus Petrolina e adverti-los de que a batalha continua.

fotos de Janily Carvalho, graduanda da UPE

Tadeu Henrique é graduando  e membro da equipe de editoração da Revista Historien.

Nenhum comentário:

Postar um comentário